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Clássico da semana: Rover SD1

04/12/2012
Rover SD1

Rover SD1

 

A marca inglesa Rover já teve sucesso e foi motivo de orgulho para muitos britânicos (não que seja o caso do clássico de hoje). Atualmente, a marca vive sob capital e domínio chineses, perdendo quase que integralmente sua personalidade. Mas nem sempre foi assim. No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, a montadora fazia parte do grupo British Leyland (BL), e começou a desenvolver, juntamente com a Triumph, um novo sedã grande para substituir de uma vez só os modelos descontinuados das duas marcas.

David Bache foi o responsável pelo design e Spen King pela engenharia. A parceria dos dois já tinha dado bons frutos, como o Range Rover. O projeto foi nomeado inicialmente de RT1 (Rover Triumph Number 1) e logo mudou para SD1 (Specialist Division Number 1), que era o novo departamento do BL do qual as duas marcas passaram a fazer parte.

 

Rover SD1

Rover SD1

 

Depois de algumas tentativas com desenhos angulosos, que não agradaram, surgiu um novo desenho com fortíssimas inspirações na Ferrari Daytona da época. O Rover SD1, que também foi chamado de 3500, 2300 e Vitesse, era realmente parecido com sua “mãe” italiana, mas ao mesmo tempo era estranho ver um desenho belíssimo adaptado a um desengonçado sedã inglês de quatro portas. O interior tinha suas particularidades também, como a saída de ventilação estranhamente posicionada em frente ao rosto do passageiro e o cluster com mostradores, que era encaixado na parte superior do painel, facilitando a instalação dele para mercados com direção do lado esquerdo, como o norte-americano. O restante do interior, que incluía assentos e painéis de portas era copiado da Ferrari Boxer.

 

Rover SD1

Rover SD1

 

Apesar das esquisitisses, o Rover DS1 era bem prático e confortável. Tinha coluna de direção ajustável, muitos porta-objetos, assentos traseiros bipartidos, retrovisores com ajuste interno, entre outras coisas. Mesmo com diversos pedidos para a instalação de um limpador no vidro traseiro, David Bache insistiu que seria desnecessário, pois a aerodinâmica era suficiente para deixar o vidro limpo. Se a crença dele estava certa já é outro assunto.

O carro passou por algumas pequenas alterações de design, mas não chegaram a mudar o shape original do carro. Durante sua existência, de 1976 a 1986, teve uma gama ampla de motores, com 4, 6 e 8 cilindros. Uma grande variedade de propulsores sugere benefícios, mas nenhum deles era brilhante. Seria melhor ter lançado o SD1 com apenas um motor que fosse realmente bom. Mesmo fazendo parte do BL, que nunca foi uma unanimidade entre os ingleses e tendo esquisitisses e improvisos no projeto, ele vendeu mais de 300 mil unidades em 10 anos. Clássico!

 

 

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