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Clássico da semana: Datsun 240Z

18/12/2012
Datsun 240Z

Datsun 240Z

 

Este carro colocou a Datsun definitivamente no mercado. Antes conhecida como uma fabricante de sedans bem equipados mas lentos, entrava para a história como a fabricante de um dos esportivos mais icônicos de todos os tempos. Lançado em 1969, o 240Z alcançava 201 km/h e rapidamente roubou o lugar dos MGB como o mais popular da época em sua categoria.

Criado para ocupar a lacuna deixada nos EUA pelos já antiquados carros esporte ingleses, o projeto teve como referência inicial um coupé de 1963 da Datsun desenhado por Albert Goertz, o mesmo que desenhou o belíssimo BMW 507 dos anos 1950. Este carro tinha inspiração no Jaguar E-Type, mas com dimensões mais próximas às do Porsche 911. No entanto, após apresentar problemas com o motor de duplo comando no cabeçote como o do Jaguar, o projeto foi suspenso.

A história parecia terminada, até que um (belo) concorrente apareceu para esquentar os ânimos. Em 1965, a Toyota apresentou o maravilhoso 2000GT. Isso foi o suficiente para motivas a Datsun a reativar o projeto de seu esportivo. O desenho base foi mantido, mas o problemático motor foi trocado por uma unidade criada unicamente para o 240Z. Era um 2.4 litros de 6 cilindros, derivado do 4 cilindros que equipava o sedan 510 da empresa. Este tipo de motor ainda não era muito comum e normalmente aparecia em carros mais luxuosos e caros.

 

Datsun 240Z

Datsun 240Z

 

Para a aproveitar o ótimo motor de 151 cv, foram usadas caixas de 4 marchas (EUA) e 5 marchas (outros mercados). A suspensão era independente nas quatro rodas e sempre foi muito elogiada por seu acerto. O novo esportivo, cujo nome refletia a capacidade volumétrica de seu motor, vinha apenas em carroceria coupé de 2 lugares e um porta-malas muito bom, coisa rara para este tipo de carro. Na estrada, o 240Z era capaz de percorrer grandes distâncias a 160 km/h sem apresentar problemas. Os 100 km/h eram alcançados em 8 segundos, tempo melhor que os Triumph TR6 e o Porsche 911 da época.

O esportivo ficou em produção até 1973, para ser substituído pelo 260Z e depois pelo 280Z, que eram mais pontentes e mais pesados. Não tinham a mesma agilidade e o desenho não era tão cativante. De alguma forma, a mágica do primeiro Z se perdeu. Com 156 mil unidades vendidas, este Datsun mostrou ao mundo que o Japão era capaz de produzir carros extremamente bem construídos e vendáveis por um preço justo.

 

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